PREPARAÇÃO DO TRIGO


UMIDIFICAÇÃO



É nada mais que adição de água ao trigo para que o mesmo obtenha condições ideais para a moagem, tornando o farelo mais flexível e friável. A água penetra no grão através pelo lado do gérmen, também por toda a superfície da casca (farelo) e preenche o espaço compreendido entre o gérmen e o endosperma. A quantidade de água absorvida pelo trigo depende da estrutura do grão e de sua umidade.

Nunca devemos adicionar mais de 4% de água de uma só vez, porque a capacidade de absorção de água pelos tegumentos do trigo é no máximo 4%. Para adicionar mais, é necessária uma segunda umidificação, a qual deverá ser feita 6 a 8 horas após a primeira. Toda umidificação é necessariamente seguida de um batimento do trigo para uma perfeita distribuição da água sobre a superfície do grão.




MOLHADOR INTENSIVO

A rosca molhadora possui rotor munido de batedores que promovem o batimento do trigo com a água com o objetivo de homogeneizar a mistura do trigo com a água. Esses batedores deverão ser em número suficiente para permitir a distribuição de toda água na superfície dos grãos. Devemos promover o máximo de contato entre a massa de grãos e a água



2ª LIMPEZA:

Após o descanso e consequentemente a homogeneização da umidade pelo grão, o trigo passa por uma limpeza complementar que visa dar um acabamento à 1ª limpeza. É possível conferir um último tratamento de superfície no grão de forma a tentar eliminar o pó que por ventura ainda esteja aderido ao grão.

O grão passa por uma Polidora que vai eliminar o pericarpo fragmentado pela ação de inchamento do grão durante a preparação. É de fundamental importância lembrar–se da necessidade de haver uma boa aspiração na saída da polidora.



2ª UMIDIFICAÇÃO

Consiste em adicionar de 0,25% a 0,50% de água ao trigo de meia a duas horas antes que ele seja enviado à moagem.
A finalidade desta segunda molhagem é evitar que o farelo se quebre muito durante a moagem, deve-se obter uma umidade compatível com as outras exigências da moagem, cuja mais importante é que não seja muito umidificado a ponto de impedir a separação do endosperma da casca.
Em trigos Hard e Semi-hard devemos adicionar o máximo de água possível com até 24 a 36 horas de descanso
Em trigos Soft deve-se diminuir a quantidade de água e o tempo de descanso, 12 a 18 horas, deve-se adicionar água o suficiente apenas para deixar o farelo flexível e friável.


CONSEQUÊNCIAS DE UMA MÁ PREPARAÇÃO •


Desgaste excessivo das raias de cilindro •
Pontas pretas na farinha •
Má distribuição dos produtos entre os cilindros •
Dificuldade de moagem (Falta ou excesso de água) •
Alto teor de cinzas na farinha •
Baixa extração •
Contaminação da farinha.